BEGONIACEAE

Begonia integerrima Spreng.

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia integerrima (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

83.175,597 Km2

AOO:

180,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Jacques, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie ornamental amplamente distribuída encontrada em matas úmidas do Espírito Santo a São Paulo. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC). Devido ao grande número de coletas, suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Neue Entdeck. Pflanzenk. 2: 174 1821. A espécie caracteriza-se por ser uma trepadeira ou hemiepífita, com anteras poricidas e sementes fusiformes (Jacques, 2002). Pode se diferenciar das demais espécies que ocorrem no Espírito Santo por possui folhas ovadas, simétricas ou levemente assimétricas, flores alvas de centro vermelho e odoríferas e placentação bipartida com óvulos nas faces externas das lamelas (Kollmann, 2012). Apresenta proximidade morfológica com B. solananthera A.DC. e B. radicans Vell. diferindo pelas folhas simétricas, ovadas com a face abaxial glabra e pelas flores brancas odoríferas (Kollmann, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em matas de encosta (Mamede et al., 2012), preferencialmente em locais sombrios e úmidos (Jacques, 1996) em Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana (Kollmann, 2012)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Trepadeiras delicadas a hemiepífitas crescendo de 2-7 m do solo, monóica, considerada auto-incompatível, com floração ocorrendo de maio a fevereiro e frutificação em agosto a fevereiro, ocorre em Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana em encosta crescendo preferencialmente em locais sombrios e úmidos (Jacques, 1996; Wyatt; Sazima, 2011; Mamede et al., 2012; Kollmann, 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
​A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young, 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Em perigo" (EN). Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie apresenta registro de ocorrência na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, RJ (Jacques, 1996), no Parque Estadual da Serra do Mar, SP (Foster, 259 ESA; Souza, 183 SP; Souza, 3287 ESA; Bianchini, 1430 SP), no Parque Estadual de Forno Grande, ES (Kollmann, 6427, 6697, 6758, 7938, 7984 HSJRP), Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (Leoni, 2633 HSJRP) e na Reserva Biológica de Paranapioca, SP (Gomes da Silva, 275 SP).